O território escarpado e o ar da montanha dão origem a um vinho muito apreciado pelo sabor característico e paladar aromático que as vinhas velhas lhe concedem, como, o Rufete, o Marufo, a Síria e a Fonte Cal, quatro castas genuinamente beirãs.

Na região mais montanhosa de Portugal, a produção de vinho é feita há muitos séculos e por diversas vezes foi alvo de medidas de proteção real, como aconteceu durante os reinados de D. João I, no séc. XIV, e de D. João III, no séc. XVI, graças à sua qualidade e importância.

Entre a Serra da Estrela, a Serra da Marofa e a Serra da Malcata, até ao vale do rio Tejo, a sul de Castelo Branco, há muito a explorar e a apreciar. Aventure-se pelo Geoparque da Estrela e percorra os imponentes vales glaciares, com os seus lagos e cursos de água refrescantes. Nas aldeias, procure os produtores locais e delicie-se com os queijos amanteigados acompanhados pelos vinhos frescos e frutados da Beira Interior. Nalguns locais, o vinho ainda é feito nos antigos lagares talhados na rocha.

O património imaterial e as histórias que revelam o que ainda é genuinamente português são o enquadramento ideal para momentos de degustação gastronómica.

Faça um passeio pelas aldeias históricas de Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Marialva e Sortelha, com os seus castelos de fronteira medievais. Feitas de granito e xisto, preservam histórias de conquistas e tradições e deslumbram pelas paisagens, património e simpatia dos habitantes. Inclua Belmonte e a Guarda no seu roteiro e será surpreendido por uma herança judaica sefardita que ao longo dos séculos deixou marcas profundas no desenvolvimento desta região e do país, e aproveite para visitar a loja rota dos vinhos da Beira Interior. A terminar o percurso, deixe-se envolver pelo som dos adufes e dos cantares tradicionais em Idanha-a-Nova.