Sobre

José Miguel Dentinho


Gosta da vida e das pessoas. Não vive sem conviver, seja com a sua família e amigos, ou alguém que acabou de conhecer, sobretudo sentado a uma mesa, na companhia de boa comida e, de preferência, um bom vinho. Aprendeu a fazer isso no Algarve, onde não se cansa de palmilhar as suas praias e serras, pelo prazer que isso lhe dá e também porque há sempre algo de novo para descobrir. Tirou o curso de Agronomia e é, há mais de 30 anos, jornalista e editor de publicações de vinho, gastronomia, viagens, energia e ambiente, porque tem um espírito inquieto e gosta do nosso planeta. Tem, no site Executiva, o blogue “Viagens com aromas", sobre três das áreas que mais lhe dão prazer: gastronomia, vinhos e viagens. É membro da Associação Portuguesa de Enologia e júri de concursos nacionais e internacionais de vinhos.

O Algarve da praia e dos bons aromas e sabores


Se há coisa que gosto de fazer no Algarve é ver a água a correr para um lado e para outro com a maré.

Um dos meus poisos favoritos para o fazer é a barra da Ilha da Armona, perto de Olhão, onde me entretenho a caminhar, a ver as embarcações a entrar na ria Formosa e sair para o mar alto, e a apanhar conquilhas e berbigões na maré baixa.

Uma das grandes vantagens de uma vida mais intensa na praia é abrir o apetite. E no Algarve existem muitas coisas de mar para o saciar. Basta pensar nas ostras das Rias Formosa ou de Alvor abertas ao natural, na companhia de um vinho branco algarvio das castas Malvasia Fina ou Síria de terras mais próximas do mar, que também fica bem perceves acabados de cozer ou a cataplana feita, em Olhão, apenas com produtos “apanhados” na praça e as ameijoas trazidas, nesse dia, da Ria em frente.

Mas há muito mais comeres e vinhos para saborear à mesa numa região onde há sempre a possibilidade de sentir o cheiro a sardinha assada no ar ou de franguinho na brasa. Eu não resisto. Para quê? Férias são férias! Na companhia de boa batata cozida e salada montanheira, por vezes um xarém com ou sem conquilhas, mais uns pimentos assados à parte, a primeira é grande companhia para um vinho rosé com alguma personalidade, pelo menos para mim. Para o segundo, gosto de uma salada de tomate rosa com sal e azeite e da parceria de um tinto fino, com corpo e frescura, como aqueles que são produzidos, no Algarve, com base em uvas vindimadas cedo da casta Negra Mole. No final o queijinho de amêndoa é, para mim, inevitável. Se for bom, é claro. Para companhia sugiro um licoroso branco da região, cujas características se dão bem com sobremesas que incluam frutos secos.

Depois de uma travessia do deserto, o sector de vinhos do Algarve está a renascer com o aparecimento de novos produtores e de vinhos mais apetecíveis. Por isso, quando lá for não se esqueça de experimentar, de preferência servidos à temperatura e no copo certos.

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