Sobre
António Maçanita
António Maçanita, 41 anos, inconformado e disruptivo, fez o seu primeiro vinhos aos 23 anos, o PRETA 2004, que logo ganhou o Trophy Alentejo, no Internacional Wine Challenge. Nestes anos de carreira, António Maçanita produziu vinhos no Alentejo, Douro e nos Açores. É conhecido pelos desafios a que se propõe, rótulos ousados e colocar no mercado vinhos chumbados, como o Tinto Pote de Barro, da Fita Preta, e o Isabella A Proibida, da Azores Wine Company. António recuperou ainda castas abandonadas, como Negra Mole, no Algarve, e Terrantez do Pico, nos Açores. Soma vários prémios na última década: Enólogo do Ano pela Revista dos Vinhos e o Prémio Singularidade 2018 da Revista Grandes Escolhas; Produtor Revelação pela Revista Wine. A Revista de Vinhos escolhe frequentemente vinhos assinados pelo enólogo entre os Melhores Vinhos de Portugal. Em 2021, o Vinha Centenária 2018, do Pico, conseguiu 95 pontos Parker na Wine Advocate, uma nota histórica.
Alentejo, é terra de pão e de vinho, de azeite de cortiça, entre tantas outras coisas.
não é uma daquelas regiões de vinho, em que é só se vê vinha! E que bom! Sol e solo temos com abundância, é a água que falta, e é a água que dita a ocupação do território.
Os antigos dizem-nos, que as vilas e cidades, estão implantadas próximo de água, pois é essencial para a vida e vida humana. Logo depois no primeiro anel junto às cidades, ficam as hortas e os pomares, que nutriam as cidades fazendo uso de água encanada, e só depois, a vinha e o olival, plantados onde a água está perto, pois faz falta para chegar até ao Outono.
Não será de estranhar que Peramanca, Xarrama, Louredo, nomes antigos de zona de vinhas sejam tudo nomes de ribeiros. No último anel a “terra de pão”, longe de qualquer fonte de água e onde as águas das chuvas são suficientes.
Esta terra é partilhada, com gado que pastoreia e com a floresta de sobreiros que alimenta o saboroso porco preto. Aqui tudo tem o seu lugar natural. Por isso passear pela região é sentir esta alternância de paisagem, é provar estes sabores no prato, no copo e perceber que vêm dali do lado, da natureza.
Nos vinhos deixem-se seduzir pelos vinhos de castas autóctones e regionais, que nas tintas são a Trincadeira, o Castelão, o Aragonez, Alicante Bouschet e se tiverem sorte de encontrar o Moreto e Tinta Carvalha; Nas castas brancas o Roupeiro, O Antão Vaz, o Arinto e com sorte a Diagalves, o Alicante Branco e o Tamarez.
Aproveitam e provem com calma que podem sempre voltar de novo. É esse o meu conselho.
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Alentejo
Na maior região de Portugal, onde o tempo corre devagar, descobre-se em pleno o património português – natural, cultural e gastronómico.