O Monte da Casteleja, localizado no Sargaçal, em Lagos, deve o seu nome à descoberta nos terrenos da quinta, das ruínas de um pequeno castelo da época dos Romanos. Guillaume Leroux, filho de pai francês e mãe algarvia, herdou do avô materno esta quinta, onde desde 2008 produz vinho biológico.

A escolha das castas para plantar foi cuidadosamente pensada logo no início, tendo optado por castas tradicionais com as quais já na trabalhava no Douro. Já sabia mais ou menos o vinho que iria obter, um vinho mais para estagiar, com mais corpo, mais complexo, para um público mais conhecedor e mantendo algumas castas antigas. Tentou também introduzir um conceito de “vinho do produtor” e fazer vinhos diferentes e originais devido à experiência do produtor, às castas e ao terreno.

A quinta tem quase 7 hectares no total, sendo 3 hectares de vinha onde estão plantadas as castas Bastardo, Alfrocheiro, Malvasia Fina, Perrum, Arinto e Sousão, com as quais se produzem, segundo o produtor, vinhos encorpados, com boa acidez, em que não se sente o álcool. Não são, portanto, vinhos pesados, são vinhos mais elegantes, onde está sempre presente uma sensação de frescura e fruta.

Desde o início que a vindima é feita à moda antiga, com o trabalho manual de seleção e corte das uvas.

Na adega procura aliar a tecnologia com as técnicas ancestrais de fazer vinho, tais como a pisa a pé em lagar, maceração com engaço e envelhecimento em tonéis.

Na quinta, para além da venda de vinhos na loja, são feitas provas de vinhos, visitas à vinha e às instalações – cave e adega -, havendo ainda a possibilidade de participação na vindima e pisa da uva.